Ontem, segunda-feira, cheguei ao restaurante às 9h e ainda estava fechado.
Outra vez.
A minha colega inglesa estava outra vez "doente". Começo a perceber que os turcos têm razão para desconfiar que ela está a mentir. Pelo que tenho percebido só trabalha quando precisa de dinheiro, nomeadamente para tabaco, bebida e outras coisas mais fortes. Vive com o namorado e, pelos vistos, além de "padecerem" dos mesmos vícios e problemas com o trabalho não têm que pagar renda de casa, gás, luz, água, e por aí em diante. A rainha paga. Têm, os chamados, "benefits". Assim é fácil.
Apesar de não estar lá ela, estava outra rapariga. Não a outra inglesa que foi da primeira vez que ela faltou mas sim uma nepalesa.
A rapariga disse aos turcos que já tinha trabalhado num café, mas pelo que mostrou acho que deve ter sido com a mesma máquina de café que eu trabalhei antes de ir para lá, ou seja com aquela de cápsulas. (não sabia, portanto)
O problema é que demorou demasiado tempo a aprender ou pelo menos a demonstrar que poderia aprender rápido. Além de não conseguir trabalhar com a máquina do café fez uns tantos disparates com os clientes, inclusivamente entornar um hot chocolate inteiro.
O problema é que demorou demasiado tempo a aprender ou pelo menos a demonstrar que poderia aprender rápido. Além de não conseguir trabalhar com a máquina do café fez uns tantos disparates com os clientes, inclusivamente entornar um hot chocolate inteiro.
Resultado: passadas duas horas foi-se embora.
A rapariga tinha a mesma idade do que eu, já está está aqui há mais de um ano e está a tirar o ensino secundário. Quando perguntei se tinha vindo com a família (depois de saber a idade), disse-me que tinha vindo com o marido. Com o marido?! Acho que fiquei tão surpreendida com ela quando me disse que era casada como ela ficou quando lhe mostrei como funcionava a máquina de café e fazia um "latte" (aquela bebida com leite e café que fica com três cores em camadas). Ficava surpreendida com quase tudo.
Fiquei a pensar na relatividade dos factos e experiências.
Voltando ao restaurante: como a nepalesa foi-se embora só fiquei lá eu e os dois turcos. Eu a atender os clientes, um a cozinhar e o outro (o patrão) a lavar a loiça.
Tumbas! Joana André, a manager e relações públicas do estabelecimento.
Na hora do almoço chegou o ucraniano que trabalha em part-time. Ficou ele a lavar a loiça, os dois turcos a cozinhar e eu a atender os clientes.
Às 18h, hora de fechar, estava exausta.
Mas contente porque não me tinha enganado em nada e os clientes até foram dizer bem de mim aos turcos.
Bom dia de trabalho.
Hoje, como já se sabia que a inglesa não ia outra vez tive que ir às 7h. Ainda era de noite.
Sem ninguém à experiência, fui só eu, os dois turcos e o ucraniano à hora de almoço. E safei-me outra vez. Sem enganos e a trabalhar cada vez melhor.
Os turcos adoram-me e os clientes velhotes também. Os turcos porque já os "safei" umas vezes (e tendo em consideração que estou cá só há um mês, eles acham espectacular) e os clientes porque falo imenso com eles (ou pelo menos tento e quando não percebo digo "yes" e fica a coisa resolvida).
Tumbas! Joana André, a manager e relações públicas do estabelecimento.
Amanhã começo, outra vez, às 7h.
Para compensar, à noite vou jantar a Piccadilly Circus (ao Nando's, possivelmente) com os amigos de Tomar.
Rua de casa às 7h |
Rua do restaurante às 7h |
o nando's é um restaurante português, certo? o frango e os pasteis de nata não sabem exactamente ao mesmo, mas até se comem.=P
ResponderEliminarps.: saudades de ir aí outra vez..=(
(joana abreu)