sábado, 10 de novembro de 2012

Sopa e internet

Agora sim percebo o quão dependente sou da internet (e da sopa). 

Desde ontem de manhã até hoje ao início da noite estive sem internet em casa.
Ontem quando cheguei a casa do trabalho percebi que a internet estava avariada.
Parecia que estava perdida. Não sabia o que fazer durante o serão... 
Estar sem internet significava não poder ver os emails, não ter o skype, o facetime, o facebook, o blog, o site para ver tv portuguesa, e tantas outras coisas. 
Restava-me os filmes que tinha no computador e o livros que trouxe. 
Penso agora como seria se não existisse a internet. 
Primeiro, e principalmente, as saudades de "casa" seriam ainda maiores. O facto de conseguir falar diariamente com a família e amigos no skype, facetime ou facebook ajuda bastante a diminuir a "distância" e a suportar as saudades. Estão mesmo ali ao lado. 
Acredito que esta aventura feita à vinte anos atrás seria vinte vezes mais difícil. Possivelmente, nessas condições eu não me teria aventurado. 
Mas as minhas "condições" são estas e, por isso, aventurei-me e, por isso, vou aproveitá-las. 

Sobre a sopa: 
Como disse no post anterior a comida é o factor que tem sido mais complicado para mim nesta experiência. Ainda me estou a habituar a alguns costumes e manias dos ingleses.
Não tenho andado a comer bem, e por isso a única coisa que desejava era uma sopa. 
Eles por cá não têm o habito de comer sopa, e quando comem é daquelas frescas pré-feitas ou das de lata (como aquelas que o restaurante onde trabalho vende. uma por dia, nos melhores dias). 
Por isso, a única solução era fazê-la. 
Tudo bem, pensei. Afinal não é assim tão difícil comprar meia dúzia de legumes, cozer e triturá-los. 
Mas foi. 
Não por minha culpa, mas sim por culpa dos ingleses e da sua falta de hábito para a "coisa". 
A compra foi fácil, mas o resto nem tanto. E porquê? 
Porque a varinha mágica e a concha são dois utensílios estranhos para eles. E, por isso, inexistentes na maioria das casas (inclusivamente naquela onde aluguei o quarto) e desconhecidas para a maioria das lojas/supermercados abertos.
De qualquer forma, desenrasquei-me. 
A varinha mágica pedi emprestada no restaurante onde trabalho (quase que me ofereceram tendo em conta que não a usam) e a concha que usei foi uma taça (daquelas de comer os cereais). 
Depois de cozida e triturada meia dúzia de cenouras, duas corgettes, uma cabeça de nabo e um alho francês, o meu creme de cenoura estava pronto. 
E delicioso, garanto.
Quem também ficou muito contente com este "meu sucesso" foram as minhas avós. Todas orgulhosas quando lhes contei. 

Em relação ao trabalho no restaurante, tenho feitos alguns progressos. Já registo alguns pedidos dos clientes e já percebo quase tudo o que dizem. Sinto-me mais à vontade e por isso também mais segura e confiante para registar o que dizem e falar se for necessário. A confiança é meio caminho andado... 

Amanhã é o meu dia de folga. E bem que preciso, sinto-me cansada. De qualquer forma também vou aproveitar para passear. O facto de sair às 18h durante a semana não me tem permitido passear muito. "Mas antes assim." 
Hoje pagaram-me os cinco dias que trabalhei. 150 libras. Nada mau.

Amanhã darei mais novidades. 
Depois de comer a sopa (e se tiver internet!). 








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